quinta-feira, 20 de maio de 2010

Evolução tecnológica (BRIC)

O Brasil vem evoluindo quando se trata de Tecnologia da informação. Todos os dias mais inovações tecnológicas invadem o mercado brasileiro e muitas pessoas acham que temos motivos para comemorar. No entanto, o Brasil encontra-se apenas na 61ª posição no Ranking global de tecnologia da informação gerado entre 2009 e 2010, divulgado em março pelo Fórum Mundial Econômico. Com isso, conclui-se que muita coisa ainda precisa melhorar na área de tecnologia e que o Brasil ainda dá seus primeiros passos se comparado a outros países com poderio econômico igual ou até inferior.
Em se tratando da tecnologia da internet, o acesso da população à rede mundial de computadores aumentou consideravelmente no Brasil, porém, mais uma vez isso não significa um grande avanço, pois a qualidade desse acesso segue bem inferior em relação a vários países do mundo. O Brasil é somente o 65º colocado num ranking de 133 países quando se trata de qualidade no acesso à internet, de acordo com dados extraídos de um relatório global de tecnologias da informação de 2010. Dispomos de um acesso à internet caro e lento se comparado aos países desse ranking.
Entre os obstáculos para o avanço significativo do Brasil na área de tecnologia da informação é possível citar: a exclusão digital, social e econômica do país, a baixa qualidade do sistema educacional, além do ambiente de mercado, que sofre excesso de regulação.
O crescimento econômico dos países que compõem o BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China - até 2002 permitiu, segundo a Unctad, órgão das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, que seu desempenho chegasse a 24% do PIB mundial, superando, inclusive, a participação dos EUA naquele ano, correspondente a 21,4%. O crescente investimento direto estrangeiro nessas regiões contribuiu decisivamente para isso. Entretanto, todos os especialistas concordam que é a produção de conhecimento que vai determinar o ritmo de avanço e o peso de cada um dos países membros do BRIC na capacidade de inovação e, por conseqüência, na composição econômica mundial das próximas décadas.
Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro destaca a importância dos chamados “conhecimentos tradicionais” no sistema de inovação dos países pertencentes ao BRIC. Nesse contexto, vale observar que o crescimento de 44% nas matrículas do ensino superior registrado pelo Brasil na década de 1990-2000 foi inferior à elevação da média mundial no período, que chegou a 49,9%.



Nesse estudo, a China destaca-se como forte mobilizadora de esforços educacionais, capacitação produtiva e programas de P&D. A Índia também emite sinais de expansão qualitativa, especialmente na capacitação voltada para tecnologias da informação. Da Rússia, vale assinalar sua forte posição em educação superior, com ênfase nas atividades espaciais e relacionadas à defesa.
No caso do Brasil, ainda há desigualdade nos investimentos de P&D e certa desarticulação de sistemas de inovação na década de 1990-2000, apesar do sistema científico apontar crescente qualificação. Entre os principais desafios a serem enfrentados no Brasil para competir inovadoramente, o estudo destaca autonomia macroeconômica e financeira, voltada para a inovação e competitividade, redução de diferenças regionais, maiores investimentos e financiamentos específicos em P&D. Como ingrediente decisivo no desenvolvimento dessas futuras potências, a inovação, defendem os pesquisadores, deve merecer cuidado especial do poder público, pelo seu caráter estratégico.


Fontes:
http://blog.ziggi.com.br
http://pcworld.uol.com.br/noticias/
http://www1.folha.uol.com.br
http://www.weforum.org/en/initiatives/gcp/Global%20Information%20Technology%20Report/index.htm
www.onu-brasil.org.br
http://www.canalrh.com.br/revista/revista_artigo.asp?o={1C73D635-C7A0-4FD6-B2FF-FDF35F52ED92}

3 comentários:

  1. O Brasil deveria ser um destaque tecnológico entre os países latino-americanos, mas, mesmo sendo um dos mais ricos economicamente na America Latina, está atrás no ranking do Relatório Global de Tecnologia da Informação de 2010 de países como Chile, Uruguai e Porto Rico. A tecnologia de um país é essencial para seu desenvolvimento e, caso não haja investimento nessa área, não adiantará nada crescer economicamente.

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  2. Os quatro países necessitam fazer estudos sobre os fatores que facilitam ou dificultam a inovação tecnológica; as patentes, a colaboração no desenvolvimento de leis e políticas que facilitem o desenvolvimento tecnológico e evitem o monopólio de tecnologia; e as conexões entre universidade e indústria. Os BRICs têm que colaborar para fazer das universidades fontes de pesquisa e inovação.

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  3. Os Brics precisam estreitar as relações entre si. Dentre os quatro países o nível de proximidade é maior entre Rússia e Brasil. China e Índia, em contrapartida, são os dois maiores centros tecnológicos dos BRICs. Ainda assim, apenas cerca de 300 milhões de indianos estão envolvidos com a vida moderna, estando cerca de um bilhão de indianos fora desse contexto. O acordo entre os bancos de desenvolvimento assinado entre os quatro países no mês passado, que tem por objetivo financiar ou garantir projetos de investimentos de interesse comum nas áreas de infraestrutura, energia, indústrias de alta tecnologia e setores voltados para a exportação, será benefico não somente para esses países, mas para toda a comunidade internacional.

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