sexta-feira, 18 de junho de 2010

Informática: a regulamentação profissional


A comunidade científica da computação brasileira vem discutindo a questão da regulamentação da profissão de Informática desde antes da criação da SBC em 1978.

Nos diversos encontros da comunidade científica da computação, foram discutidasas vantagens e desvantagens de uma regulamentação da profissão de informática, a SBC consolidou sua posição institucional em relação a esta questão pela formulação dos seguintes princípios, que deveriam ser observados em uma eventual regulamentação da profissão:

• Exercício da profissão de Informática deve ser livre e independer de diploma ou comprovação de educação formal;
• Nenhum conselho de profissão pode criar qualquer impedimento ou restrição ao princípio acima;
• A área deve ser Auto-Regulada.

Os argumentos levantados junto à comunidade da SBC e que nortearam a formulação dos princípios acima estão detalhados na Justificação que acompanha o PL 1561/2003, o qual é integralmente apoiado pela Sociedade de Computação.

Resumindo, a SBC é contrária a regulamentação da profissão, argumentando que isso pode levar a uma indevida valorização de um diploma em detrimento da posse do conhecimento.

A SBC é a favor de liberdade do exercício profissional e considera que o exercício da profissão de informática deve ser livre e não depender de diploma ou comprovação de educação formal. Ela considera que isto valorizaria de forma exagerada a posse de um diploma, ao mesmo tempo que a detenção de conhecimento é minimizada. Também se posiciona contra restrições impostas por Conselhos de profissão. De acordo com a SBC a profissão deve ser auto-regulada. Por outro lado, este órgão não deixa de pontuar que o conhecimento técnico-científico adquirido em um curso superior é o principal diferencial de competência profissional.

Como aspectos positivos da regulamentação da profissão podemos citar:

• Definição das atribuições dos profissionais, como por exemplo, elaboração de orçamentos e definições operacionais de projetos de sistemas para processamento de dados, informática e automação;
• Regulamentação das pessoas que poderão de fato exercer a profissão, como possuidores de diplomas nos cursos superiores em Análise de Sistemas, Ciência da Computação ou Processamento de dados, graduados em escolas oficiais ou reconhecidas;
• Definição de um teto salarial.

Mas a regulamentação possui pontos negativos também, principalmente o fato de que existem ótimos profissionais na nossa área, e que várias idéias surgem desses profissionais sem graduação.

Assim, a participação popular é crucial neste momento, pois apenas a manifestação de suas posições aos Senadores pode influenciar esta tramitação.


http://homepages.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/plsbc.html
http://homepages.dcc.ufmg.br/~bigonha/Sbc/pl815-1995.html
http://blog.cidandrade.pro.br/carreira/regulamentacao-profissional-de-informatica-analise-e-sugestao/

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O profissional de TI e o mercado de trabalho

“As pesquisas dizem que sobram vagas, e o que falta são profissionais capacitados”, comenta o Professor Paulo Foina, coordenador do curso de Ciência da Computação da UniCEUB de Brasília. A opinião do professor avalia as duas faces da moeda. De um lado a sobra de vagas nas organizações e de outro as exigências, muitas vezes absurdas, das empresas. Ele cita o exemplo de um edital, no qual uma empresa abriu vaga para desenvolvedor Java, cujo candidato deveria possuir certificações PMI, PMP, ITIL, entre outras totalmente descabíveis, que nem competem à função. Tudo isso dificulta, logicamente, o encontro de um profissional que atenda às requisições do empregador e que aceite trabalhar por salários que nem sempre estão à altura de tantos títulos.

É evidente que a área de TI das empresas é explorada e pressionada ao máximo. Afinal, boa parte do funcionamento da organização depende de nós, profissionais de tecnologia da informação. Por outro lado, a colaboração dos demais departamentos, a valorização e o reconhecimento por parte dos gestores e da diretoria tornaria a nossa função muito mais amena.

As principais áreas de atuação do profissional de TI são: análise, projeto e desenvolvimento de software; redes de computadores; segurança da informação; e banco de dados. Dessas derivam inúmeras outras.

Em termos de formação, as universidades, atualmente, disponibilizam os seguintes cursos na área de computação e informática:

Ciência da Computação
Este curso também é chamado de “Ciências da Computação” por algumas universidades ou faculdades e foca os conceitos e teorias da computação. Trabalha fortemente com software e possui um alto embasamento em fundamentos matemáticos e cálculo. O graduado nessa área é capaz de resolver problemas reais tanto no ambiente científico como no comercial e industrial. O estudante de Ciência da Computação tem uma infinidade de carreiras a seguir devido à diversidade de conhecimentos abordados ao longo desse curso.

Engenharia da Computação
Bem semelhante ao curso de Ciência da Computação. Alguns países não diferenciam esses dois cursos. O curso de Engenharia da Computação possui um foco maior no projeto, desenvolvimento e implementação de equipamentos e dispositivos computacionais. È uma área mais voltada para o hardware.

Sistemas de Informação
Este curso foca basicamente os sistemas de informação e automação. Possui também tópicos relacionados a conhecimentos de administração, negócios e relações humanas. O profissional de Sistemas de Informação é focado na aplicação de recursos de informática na solução de problemas das empresas.

Existem muitos outros cursos na área de Computação que não podemos citar aqui. Os três cursos acima são os principais e estão presentes nas melhores instituições de ensino do país. Os outros cursos são espécies desses três gêneros.

http://dominioti.wordpress.com/2010/01/07/o-profissional-de-ti-e-explorado-pelo-mercado-de-trabalho/
http://www.infowester.com/col290804.php
http://tecinfo.wordpress.com/