quinta-feira, 8 de julho de 2010

Ética e Moral


A palavra ética vem do grego ethos que quer dizer “modo de ser” ou “caráter” enquanto maneira de vida que o homem adquire ou conquista. Está relacionada com o conjunto de conhecimentos racionais e objetivos a respeito do comportamento humano.

Freqüentemente, a ética é confundida com a moral (entendida como "costume", do latim mos, mores), o que é um grande erro, pois são coisas bem diferentes. Logo, a ética significa a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade, enquanto a moral significa “costume”, regras adquiridas com o passar do tempo. Podemos dizer que a ética significa o que a pessoa é, enquanto a moral significa o que a pessoa faz.

Na filosofia clássica, a ética não se resume ao estudo da moral, mas a todo o campo do conhecimento que não é abrangido na física, metafísica, estética, na lógica e nem na retórica. “Alcançar a felicidade”, esse era o objetivo da ética na antiguidade. Mas o conceito de ética foi mudando com o passar do tempo. Na idade média, a filosofia foi dominada pelo cristianismo e a ética se centralizou na moral. No século XVII, a ética voltou ao seu conceito inicial de “Alcançar a felicidade”, “Alcançar o bem estar”. De acordo com a filosofia de cada era, a ética ia mudando seu conceito.

Aristóteles é o criador da disciplina filosófica da Ética. Em sua Ética, Aristóteles preocupa-se, acima de tudo, com o bem humano. Esse bem, segundo ele, é determinado por dois fatores:

• Um fator bastante constante, a natureza humana, que se constitui de uma série de elementos corporais ligados a uma forma dinâmica por ele chamada de alma (psyché, donde se origina o adjetivo psíquico).

• Um segundo fator variável, o conjunto de circunstâncias concretas, chamadas pelos gregos de ocasião.

Para Aristóteles, enquanto a política tem como finalidade o bem coletivo a ética tem por finalidade o bem pessoal. A Ética é uma ciência pouco exata, uma vez que se ocupa de assuntos passíveis de modificação. A ética se dá na relação com o outro.

Para determinar o bem que caracteriza a atividade própria dos humanos, Aristóteles analisa as distintas funções do composto humano. A primeira delas é a vida. Mas a vida é comum aos homens, aos animais e as plantas. A segunda função é sentir. Mas sentir é comum aos humanos e aos animais. A terceira função é a razão. E esta é que distingue os seres humanos de todos os viventes inferiores. Portanto, a razão é a principal característica do ser humano. E sua principal atividade deve consistir em viver conforme a razão. A razão deve dirigir e regular todos os atos humanos. E nisso consiste essencialmente a vida virtuosa. E, para o filósofo, o fim último de uma vida virtuosa é ser feliz. Portanto, a felicidade tem que ser o correto desempenho do que lhes é próprio: o uso correto da razão.


Fontes:
http://www.eumed.net/libros/2006a/lgs-etic/1t.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89tica
http://pt.shvoong.com/law-and-politics/

3 comentários:

  1. A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência

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  2. Como dito no artigo acima, os conceitos de ética e moral muitas vezes se misturam. As diferenças são apontadas pelas pessoas de diversos modos:
    - Ética é princípio, moral são aspectos de condutas específicas
    - Ética é permanente, moral é temporal
    - Ética é universal, moral é cultural
    - Ética é regra, moral é conduta da regra
    - Ética é teoria, moral é prática

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  3. A ética faz parte da filosofia, enquanto a moral faz parte da vida concreta. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e convicções e é moral quando age conforme costumes e valores estabelecidos que podem ser, eventualmente, questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral, isto é, seguir costumes, mas não necessariamente ética, ou seja, pode não obedecer a princípios.

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